Você tem ideia do número de criptomoedas além do Bitcoin existentes no cenário digital? 🤔
De acordo com o Exploding Topics, em novembro deste ano existiam mais de 10.500 criptomoedas, sendo que destas 8.848 estavam ativas de fato.
No entanto, boa parte da população mundial, quando perguntada se conhece alguma criptomoeda, provavelmente responderá ‘Bitcoin’.
Isso não é à toa. Desde a sua introdução em 2009, o Bitcoin não apenas definiu os parâmetros de uma revolução financeira digital, mas também se tornou sinônimo de moedas virtuais descentralizadas.
Sua resiliência ao longo dos anos e a fidelidade à sua proposta original têm sido notáveis, solidificando sua posição como a criptomoeda de maior market cap e popularidade.
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No entanto, ao explorarmos o dinâmico universo das criptomoedas, você verá que o Bitcoin é apenas o ponto inicial de uma jornada fascinante e em constante evolução. Apesar de sua liderança incontestável, o mercado agora se desdobra em uma variedade de opções - conhecidas como altcoins -, cada uma com suas características únicas, propósitos específicos e potenciais inovadores.
Assim, a existência de várias opções além da cripto origina não apenas amplia as possibilidades para investidores e entusiastas, mas também destaca a adaptabilidade e expansividade desse ecossistema em rápido crescimento.
Vamos explorar essa diversidade, mergulhando nas diferentes gerações de criptomoedas e revelando como elas estão redefinindo as fronteiras do sistema financeiro global.
🗺️ Panorama geral das criptomoedas
No cenário das finanças digitais, as criptomoedas se destacam como protagonistas de uma revolução econômica descentralizada. Esses ativos virtuais, também conhecidos como criptoativos, representam uma forma inovadora de dinheiro digital, utilizando tecnologias criptográficas para garantir transações seguras e eficientes.
O pioneirismo do Bitcoin é fundamental para compreendermos a trajetória e a ascensão das criptomoedas. Além de introduzir a ideia de uma moeda digital independente de controle centralizado (bancos centrais), ele também estabeleceu os fundamentos da tecnologia blockchain, um livro-razão descentralizado e imutável que registra todas as transações.
Por isso, o papel seminal do Bitcoin na criação e popularização das criptomoedas é incontestável. Sua proposta de permitir que todos verifiquem as informações em sua blockchain, sem depender de intermediários, tornou-se a base para o surgimento de uma variedade de alternativas e a evolução do conceito de criptoativos.
Essa descentralização, além de conferir segurança às transações, também proporcionou uma liberdade financeira única - característica intrínseca às criptomoedas.
Assim, ao mergulharmos no panorama geral das criptomoedas, é essencial reconhecer o Bitcoin como não apenas a primeira geração, mas também como a semente que germinou uma variedade de moedas virtuais e ativos digitais. E este cenário diversificado redefine a forma como entendemos e participamos do sistema financeiro global.
🧬 As diferentes gerações de criptomoedas
Confira a explicação das 3 gerações de criptomoedas feita pela SpaceMoney:
1ª Geração: Bitcoin
No universo das criptomoedas, a primeira geração é marcada pelo pioneirismo inigualável do Bitcoin. Sua resiliência não está apenas na robustez tecnológica, mas também na capacidade de manter-se alinhado aos princípios fundamentais de descentralização, segurança e liberdade financeira.
A abordagem única do Bitcoin, que permite a verificação descentralizada de transações sem a necessidade de intermediários, conferiu-lhe um alto nível de segurança. No entanto, essa mesma característica que garante a sua solidez também apresenta desafios quando se trata de implementar mudanças na rede.
A resistência a alterações, mesmo as que possam ser benéficas, evidencia a complexa interação entre funcionalidade e segurança, um equilíbrio delicado a ser mantido pelo sistema de pagamentos descentralizado.
2ª Geração: Ethereum e a ascensão dos smart contracts
A segunda geração de criptomoedas é marcada pelo advento da Ethereum, uma plataforma que ampliou significativamente as possibilidades das moedas digitais. Surgida para ir além das simples transações financeiras, a Ethereum permitiu a criação de contratos inteligentes (smart contracts). Esses contratos, codificados em sua blockchain, estabelecem condições previamente acordadas e mutuamente aceitas entre as partes envolvidas.
A funcionalidade dos contratos inteligentes não apenas ampliou o escopo de uso das criptomoedas, mas também deu origem ao movimento DeFi (Finanças Descentralizadas). O DeFi, representando um ecossistema financeiro sem intermediários tradicionais, oferece mais de US$100 bilhões em investimentos, segundo a SpaceMoney.
No entanto, a ascensão do DeFi trouxe desafios como o "Problema do Oráculo" (a dificuldade de verificação da autenticidade de um dado externo), que envolve a necessidade de informações externas à blockchain para a execução de contratos.
3ª Geração: Cardano e a busca pela flexibilidade
A terceira geração de criptomoedas, representada exemplarmente pela Cardano, destaca-se pela busca da flexibilidade.
A Cardano foi concebida com uma abordagem de pesquisa, baseada em extensos estudos e revisões por especialistas em blockchain. Essa geração visa possibilitar mudanças no protocolo de forma mais simples e menos burocrática, sem comprometer os padrões mínimos de segurança.
Ao introduzir a ideia de uma "internet de blockchains", a terceira geração permite que a comunidade altere as regras estabelecidas mediante consenso. Esse conceito é análogo à capacidade de órgãos legislativos alterarem a constituição de um país.
A flexibilidade da terceira geração representa uma evolução significativa, sinalizando o potencial para uma comunicação mais eficiente e interoperabilidade entre diversas blockchains. Este é um passo crucial em direção a um ecossistema cripto mais dinâmico e adaptável.
🔎 Criptomoedas além do Bitcoin: uma exploração detalhada
Veja a seguir a seleção das 10 principais altcoins, elaborada pela Investopedia.
Cada uma das moedas escolhidas oferece uma visão única sobre as possibilidades e complexidades do ecossistema.
1. Ethereum (ETH)
A Ethereum não é apenas uma criptomoeda, mas uma plataforma que habilita contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (DApps). Com sua transição para o método de validação de prova de participação (Proof of Stake - PoS, o mesmo da Cardano, por exemplo), a Ethereum continua a ser uma força impulsionadora no espaço das criptomoedas.
2. Tether (USDT)
Tether é pioneira no mundo das stablecoins (criptomoedas ligadas a um ativo estável, como uma moeda fiduciária ou o ouro), ancorando seu valor ao dólar americano. Sua estabilidade relativa a outras criptos a torna uma escolha popular para os traders por minimizar a volatilidade.
3. XRP
A cripto nativa da Ripple destaca-se como uma solução eficiente para transações globais. Seu ledger consensual e protocolo único oferecem uma alternativa para transferências internacionais tradicionais.
4. Binance Coin (BNB)
Originalmente um ERC-20 (padrão técnico para a construção de tokens fungíveis na blockchain Ethereum), a Binance Coin agora opera em sua própria blockchain e desempenha um papel central no ecossistema da Binance. Além de proporcionar descontos em taxas de transação, a BNB também facilita a operação da Binance Smart Chain.
5. USD Coin (USDC)
Uma das muitas stablecoins, o USDC mantém seu valor vinculado ao dólar dos EUA, proporcionando estabilidade e funcionalidade para transações digitais.
6. Cardano (ADA)
A Cardano busca superar as limitações das gerações anteriores, destacando-se por sua abordagem baseada em pesquisa (peer review). A visão de uma "internet de blockchains", embasada pelo conceito da interoperabilidade, é uma das bases da sua proposta.
7. Solana (SOL)
Destaca-se pela capacidade de processar um grande número de transações por segundo com taxas mais baixas. Sua blockchain é muito utilizada para aplicativos descentralizados e tokens não fungíveis (NFTs).
8. Dogecoin (DOGE)
Originada a partir de um meme, a Dogecoin surpreendeu o mercado com sua comunidade ativa e aceitação em alguns setores como meio de pagamento. Seu caráter peculiar a torna única no cenário das criptomoedas.
9. Tron (TRX)
Focada na descentralização da internet, a TRON Foundation visa oferecer a criadores de conteúdo digital plenos direitos de propriedade por meio de tokenização e aplicativos descentralizados (DApps).
10. Polygon (MATIC)
Desenvolvida como uma solução de camada 2 para a congestão da rede Ethereum, a Polygon permite uma maior escalabilidade e interoperabilidade, oferecendo um ambiente multifuncional para desenvolvedores.
FAQ sobre criptomoedas
Por que as criptomoedas são importantes?
As criptomoedas, baseadas em plataformas descentralizadas como blockchain, permitem transações financeiras peer-to-peer e contratos sem a necessidade de intermediários como bancos ou autoridades monetárias. Essa característica tem o potencial de balançar a ordem financeira tradicional, democratizando o acesso à finança. Segundo a Investopedia, as criptomoedas cresceram exponencialmente, com uma capitalização de mercado coletiva de mais de $1,2 trilhão.
Por que existem tantas criptomoedas diferentes?
A maioria das criptomoedas hoje tem alguma origem relacionada ao Bitcoin, que utiliza um código aberto e uma arquitetura resistente à censura. Isso permite que qualquer pessoa copie e ajuste o código para criar sua própria moeda, resultando em uma variedade de opções. Cada uma dessas criptomoedas busca atender a propósitos específicos ou introduzir inovações únicas no ecossistema.
Por que o Bitcoin ainda é a criptomoeda mais importante?
Apesar da proliferação de milhares de concorrentes, o Bitcoin, como a criptomoeda original, permanece como o líder em termos de capitalização de mercado, base de usuários e popularidade. Nenhuma outra moeda conseguiu igualar market cap e valor até o momento.
Conclusão
Ao refletirmos sobre a evolução entre o pioneirismo do Bitcoin e a proliferação de novas altcoins, fica evidente a efervescência do mercado de criptomoedas.
Vivemos um momento de crescimento exponencial, com novos projetos, tecnologias e conceitos emergindo regularmente. A "internet de blockchains", a ascensão de DeFi e a aceitação de criptomoedas em setores tradicionais são provas do potencial revolucionário desse ecossistema.
A trajetória até agora sugere que estamos testemunhando apenas o começo de algo que vai ser o fio condutor de grandes transformações no modo como as pessoas se relacionam com as finanças.
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